I don't wanna be kept, I don't wanna be caged, I don't wanna be damned, oh hell I don't wanna be broke, I don't wanna be saved, I don't wanna be S.O.L. (Neon Tiger, The Killers)

Friday, October 19, 2012

Vertigo


Seu hálito em minha nuca.
Arrepia-se os leves pelos do meu dorso.
Música. Dança.
Faz seu corpo mais próximo do meu.
Levemente roça em meus quadris.  Rígido, em meu vestido.
Mãos rodeiam minha cintura.
Saímos.
Um canto da rua nos acolhe. Meu corpo contra a parede. Seu corpo contra o meu.
Sua boca em meu ouvido.
Meu pescoço, sua língua. Suas costas, minhas unhas.
Lentamente, lábios em meus seios.
Acolhe a cada um como um fruto.  Firme, doce.
Mamilos, pau, duros.
Mordes minha nuca, já arrepiada. Voz rouca.
"Putinha".
Desliza leve por barriga. púbis, pelos.
Coxas. Bunda.
Aperta.
Gemo. Sorri deliciado.
Toca meus lábios. Molhada, quente.
Ofegante, me colo a você.
Trêmula. Me escapam palavras sem nexo.
Seu sexo responde, o aperto leve em meus dedos.
Seus pelos se arredondam em minha mão.
Pulsa.
Renda rasgada a um só golpe.
Olhos semicerrados. Dedos ágeis, fenda macia, escorro por eles.
A um tempo. Me invade. Grande. Força. Pressiona meus quadris. Marca minha nuca e ombros.
Ondulo. Contorço. Aperto. Suspiro. Sem folego. Ou controle.Tempo. Espaço. Suspenso.
Todo. Inteiro. Mais rápido.
"Você gosta?".
Imploro. Contraio. Rebolo. Arranho. Rápido.
"Forte, vai!"
Cresce. Estremeço. Te jorro. Geme. Grito.

Escorre de prazer em mim.
Misturados. O seu, o meu.
Nosso.
Beijo leve na orelha.
As batidas do seu coração.
Respirar macio

Desenhou em vermelho suas mãos em minhas ancas.
Arcada tatuada no meu dorso
Dentro de mim uma marca.
"Sua".