I don't wanna be kept, I don't wanna be caged, I don't wanna be damned, oh hell I don't wanna be broke, I don't wanna be saved, I don't wanna be S.O.L. (Neon Tiger, The Killers)

Tuesday, November 16, 2010

Quem tem medo de batom vermelho?




Com você eu tenho medo 
de me apaixonar,
Eu tenho medo 
de não me apaixonar
Tenho medo dele
Tenho medo dela
 (Deusa Urbana, Cê, Caetano Veloso)


Parece bobagem,
Hoje o bicho é diferente...
O medo mudou de nome
Mudou de gosto.
Quem tem medo?
De quem?
Quem tem seu chão sob os pés
Orgulho de seus peitos
Que bebe o vinho
Come a carne
Quem tem coragem?
Parece bobagem
Antropofágica fera
Que ri do espelho
Quem tem medo?
A vida em suas mãos
É de sair por aí
De salto alto
Dizem
E de batom vermelho.

Monday, September 27, 2010

Lógica aplicada à metafisica do amor e da morte



By Ray Charles
Um dia me disseram algo interessante, sobre o meu coração.
Que meus amores careciam de lógica.

Comecei um exercício básico com alguns de meus autores favoritos.

Como já diria um bom baiano:
O amor é cego,
Ray Charles é cego,
Conlcuo,
Ray Charles é o Amor!



Mas,

Deus é Amor!?!
E o Amor é cego!
Ray Charles é cego!?!
Portanto,
Ray Charles é Deus!



Caralho!!

Então, Nietzsche estava certo...

Deus, assim como Ray Charles está morto...

E o Amor nessa história toda?
A dedução lógica seria de que se Deus e Ray Charles estão mortos... 

O Amor ...

O Amor? Assim como Deus e Ray Charles é cego, portanto não viu nada e não pôde testemunhar...

E passa muito bem! Obrigada! O Amor se salvou novamente!


Bem, nessa história toda o que pude perceber é que:
a Lógica, se aplicada ao amor é tão metafísica que 
se prova à si mesma, 
prova a existência e até a morte de Deus, 
a magnificência de Ray Charles, 
só não prova, 
de modo algum, 
que a Lógica pode provar o amor
e vice versa...

Friday, September 03, 2010

Os Homens da Minha Vida


Não sei se os amo mais 
pelo que têm de mim 
ou de Outro

Um é meu pedaço
Outro minha metade 

Um sou eu exata
Só que do avesso

O outro veio de mim...
Para onde? 
Não faço idéia...



Há um pequeno
Que é parte de mim
Herdeiro da linhagem antropofágica
De seio se alimentou 
Isso foi por um tempo
Hoje ainda se nutre de mim
Exemplos, gestos, e palavras
Dele, também, me alimento
Todos os dias pela manhã
Arranco grandes nacos de energia
E alegria insana por um novo dia
À noite antes de dormir
Lambo minha cria enquanto
Bebo de sua juventude 
Goles de coragem
para amanhã
Ouvindo contos de ninar
Ou cantando cantos
De outra idade




Há um grande
Que sou eu igual
Só que outro
Minha metade 
Principalmente
Naqueles momentos
Quando estamos mais inteiros
Escreve, escrevo
Ele para os palcos
Eu para os poucos
Ele anda, ando eu
Ele com a desenvoltura do malando
Eu com as curvas da negra
Que é tão minha quanto eu sou tão seu
Tão nossos somos
Dos seus sorrisos
Às minhas lágrimas
Somente nós 
Podemos compreender
Ritualísticos
Totalmente Pagãos
Todos passam
Todos pagam, 
Todos se vão, menos ele...



Haveria um terceiro
Um Chronos antropofágico,
Um princípio que gerou muito do que há em mim,
Sem que eu mesma soubesse
Me apropriei de muito dele
Digeri em minhas próprias influências
E criei traços únicos da minha
persomusicalidade estética
Se foi sem nunca ter sido
Sou, sem nunca ter tido
E ainda assim vivemos
Um no outro
Ainda que uma viva
E outro não





Monday, August 30, 2010

Four Women



My skin is black
My arms are long
My hair is woolly
My back is strong
Strong enough to take the pain
Inflicted again and again
What do they call me
My name is aunt sarah
My name is aunt sarah

My skin is yellow
My hair is long
Between two worlds
I do belong
My father was rich and white
He forced my mother late one night
What do they call me
My name is saffronia
My name is saffronia

My skin is tan
My hair is fine
My hips invite you
My mouth like wine
Whose little girl am i?
Anyone who has money to buy
What do they call me
My name is sweet thing
My name is sweet thing

My skin is brown
My manner is tough
I'll kill the first mother i see
My life has been too rough
I'm awfully bitter these days
Because my parents were slaves
What do they call me
My name is peaches

[Nina Simone] 






Andamos pela praia de Ipanema
As que trabalham a 30% de déficit salarial
Caminham balançando as ladeiras
Chefes de 40% dos lares
As que não devem andar sozinhas à noite
Ou sair sem o dinheiro do táxi
.
Têm sempre alguém de sobreaviso 
No caso de um encontro
Príncipes muitas vezes viram ogros
Antes mesmo do primeiro beijo
Os 80% de violência doméstica

Estão entre as Musas e as ninfas
Louras diáfanas, Morenas sensuais
Ruivas românticas
povoam os sonhos e vidas
de poetas a poeteiros de plantão
São os amores sem fim das músicas
A mulata sestrosa do sambista saudoso
A mãe dos filhos sem pai das favelas da vida


Essas são as musas do meu canto de hoje

Mulheres musas nifas diáfanas de uma realidade que não só é
Bela  
Frágil   
Forte  
Curva
Versátil
Porém,
muitas vezes, 
Ambígua
ou 
Ignorada.

Wednesday, August 25, 2010

Arrancou os meus pés do chão, onde já não me enterro mais...









É incrível o universo quântico de coisas que acontece no pequeno espaço de algumas semanas.
Da mais metafísica das instâncias ao mais material dos pesadelos....
Resiste-se...
Bravamente ou não.
Malemolemolentemente em excelente companhia, Aretha, Miss Gardot e minha eterna favorita Nina.
Heart Broken é um dos termos, eu talvez usasse um Life Broken, routine Broken, Dream Broken, hoje em dia quebra-se tanto que haja verso e pé pra tanto quebrado...
Caralho e como é difícil a arte do mosaico. Transformar os cacos dos seus momentos bons em algo que possa ser transformado e reprogramado.
Da profunda agonia ao êxtase diáfano foram apenas alguns saltos. Daí a um alívio puro e uma sensação de liberdade culpada, quase infantil foi um rodopio.
E haja cola. My name is Bonder. The Super One. Cola de trabalho, cola de energia, cola de malhação.
Mente sana, corpore não.
Muitas Cervejas. Ressacas.
Muitas, e ainda assim, cola.
Colando com a colaboração dos amigos. Muito riso. Muito beijo. Sexo de uma noite.
Amigos pra vida toda.
Aquela promoção que chega, enfim... três meses depois do esperado.
A vida vai ficando boa novamente.
E minhas musas ainda aqui. Four Woman. Worrisome Heart. Respect. Clássicos de tempos e de mulheres atemporais.
Nunca meus gatos e meus sapatos me fizeram tão bem!
Uma taça de vinho e um bom livro.
O som de meus próprios pensamentos.
Adormeço embalada pela redescoberta do eu, e a sensação morna cheiro do meu perfume preferido após o banho.

Wednesday, July 28, 2010

A insustentável leveza do não ser...








Quando é que se sabe que as coisas são o que são?
Quando algo passa a ser real?
Não sei se são as longas conversas, as ótimas transas, a paixão incondicional por música, filmes, vinhos e livros.
É indefinível o prazer de assistir filmes de horror que ele detesta só para apontar cada aspecto do gênero com detalhes e saborear a exasperação crescente recheada de risadas desdenhosas que ele me lança sempre tentando desbancar cada argumento com uma mescla de péssima crítica, ironia de quinta e beijos distracionais. 
Ele é o único que entende minhas piadas.
Delícia é o jeito que ele me olha depois do sexo, demoradamente, como o mundo se resumisse ao meu relaxamento, meus olhos semi-cerrados e um sorriso de lassitude não disfarçada.
Ele toca e cheira minha pele a todo o momento. Não sei o que vê de tão especial em peles morenas, mas me irrita falando no tom que ela tem mais vezes do que minha atenção é capaz de suportar.
Ainda assim ele me esquece. Por dias, semanas até.
Quando o procuro está ocupado.
Então liga após alguns dias. Me convida pra um vinho e um filme em sua casa.
Me vem um pensamento envolvendo um entregador em uma van, um tipo de serviço delivery e mulheres em um cardápio. Ruiva? Loura? Não. Prefiro Morenas!
Digo não, talvez um compromisso ou algo do trabalho.
Se desespera. Liga diariamente. Manda mensagens. Mails diários. Liga em horas inapropriadas. Diz ter saudades da minha pele, do meu cheiro. Comprou um filme novo. Insiste horas no chat pra me ver em seu apartamento.
Penso que enlouqueceu, ou ficou carente de repente. Não mais do que de repente.
Quando sabemos que as coisas de fato acontecem? Quando se repetem? Durante o momento exato em que ocorrem? Ou quando deixam marcas? Sensações são também reais? Ou são apenas lembranças de que tudo na vida deixa marcas, principalmente, o que nunca aconteceu de fato...

Wednesday, July 21, 2010

Quem é você na noite?







Há tempos entre uma e outra dissertação da faculdade sobre identidades em literaturas de países de cultura pluriogirinal, me deparei com os conceitos modernos de gente bacana como Stuar Hall sobre identidade.

Pode parecer academicismo de boteco, e provavelmente é, pois isso me ocorreu justamente entre tres Heineken e uma tequila na tão afamada Rua Augusta, a mãe de todos nós, mas é incrível como as pessoas hoje são cada vez menos compreensíveis cartesianamente, e cada vez mais propensas a julgar os outros por métodos cartesianos: 

Vejo, logo julgo!

Eu ali imaginando as experiências que formaram o ser latino com a semi-barba cuidadosamente pensada para parecer que não era aparada há meses, e a camisa cara e pretensiosamente despojada, que me servia outro copo de cerveja enquanto me perguntava sobre a tese de mestrado e música enquanto olhava sem sutileza para o meu decote. Pensava eu nessa hora que todos nós somos compostos de camadas e camadas de vernizes, como esmaltes baratos nas unhas de velhas coristas. 

Experiências formadoras de comportamentos e opiniões que são mais ou menos eficazes a depender da audiência ou de quanto ela é capaz de beber. O truque da pomba em meio aos lenços pode ou não funcionar com uns ou com outros.

A interpretação que damos para gestos simples como a sutileza ou o tom de voz, dresscodes ou makeups é incrivelmente vária. 


Um homem delicado e inteligente é facilmente confundido com um homossexual e vira um amigo ótimo e sempre segura o drink enquanto a gata target pega o troglodita testosterônico mais óbvio.
Mulheres inteligentes, decididas e que gostam de tomar a iniciativa, são comumente confundidas com ninfomaníacas desesperadas e sem auto-estima, que nunca recebem o telefonema do gato lindo no dia seguinte.

A grande ironia disso é homens dizendo adorar mulheres com iniciativa e mulheres dizendo amar homens sensíveis.

O que não seria um grande problema se o discurso identitário correspondesse à atitude identitária.

Será que temos medo de agir conforme o discurso? Será que a teoria na prática é outra? Ou será que não temos mesmo a mínima idéia do que queremos?

O que sei é que minha personalidade é composta de vestidos de baile, adereços a algo que é intrínseco e cerne, quem entende o cerne entende o adereço, e o porque dele naquele baile, e me convida pra dançar, a noite toda, a vida toda, sem sapatinho de cristal.



Quem não... bom... com esses a depender do caso vamos jogando conforme as regras, em benefício mútuo, até a página dois...

Monday, May 10, 2010

Falando nisso...







Os braços dele enlaçam sua cintura, sente sua respiração cálida na nuca.
Subitamente o corpo dele junto ao dela treme. A voz dele era lancinantemente doce.
Ele sussurra em seu ouvido todas as coisas que só quem já amou sabe de onde tiramos.
O tempo suspenso por segundos horas de espaço ente aquelas palavras.
Por um instante manhãs mornas na penumbra do quarto e os roçares beijos trazendo dos sonhos os corpos. Cafés na cama, risos e ausência de segredos.
A cozinha, o supermercado, beijados nos enlaces fugidios entre a escolha de um ou outro ingrediente.
As tardes longas de gatos pela casa, filmes antigos em idiomas estranhos, vinho e roupas desnecessárias.
As velas cobrindo de sombras dançantes a pele exausta dos dois e, novamente a voz.
A mesma voz se elevando pra gritar o ódio a esse amor. Que lhe disse não saber mais das ações sentidas ou planos desfeitos.
As palavras que carregaram as malas coração afora.
O outro caminho, a outra verdade, o que não foi dito e sentido.
E depois Ela. Tudo o que ela gritou somente em lágrimas no escuro do quarto ao lado de uma garrafa vazia.
E as palavras dele vâo caindo na poça que a chuva deixara.
Ganham som ao cair.
Não trazem senão a lembrança daquela voz.
Que suspirava em suor, palavrões e crua doçura nas mortes diárias entre lençóis.
A mesma voz que murmurara gozo e, também adeus, entre dentes.
Não sabia se o vinho, ou a voz, mas a vertigem a tomava.
Fugiu. Encontra o caminho por entre os olhos e ruas molhados da chuva salgada.
Como não tivera ouvido. Como não tivesse ouvidos.
As lágrimas tintas do vinho diziam em looping ininterrupto:
Porque voltara?
A dor escorria fininha por entre os lábios, em sabor seco e frutal.
A voz agora substituída pelo barulho da chuva e a voz da inefável Billie.
Toca o telefone. Era Ele.
Queria saber se ela tinha algo quente pra beber... soa a campainha.
Alta noite entre dentes, velas e aromas, em todas as línguas do mundo e em nenhuma.
Finalmente encontra a voz os seus ouvidos.
E não havia sido necessária palavra alguma.

Monday, April 26, 2010

A fonte






Ele saiu, lágrimas e olhar arrependido.
Já não havia o que dizer.
As palavras já não condiziam com os atos há tempos.
Ela suava levemente, seu lábio superior tremia
Ouvira tudo e só o que restara era uma raiva fina e doce.
Doce e enjoativa, como aqueles doces baratos que comemos escondido aos montes quando criança
Que nos deixam com o estômago enjoado e uma indefinível dor de cabeça. A ressaca moral pelo almoço perdido, o trabalho da mamãe e as criancinhas da África.
Ela quisera muito acreditar que tudo o que passara
Tudo o que não fora e o que não vivera
Eram culpa de uma súbita incapacidade mental que o acometia a cada vez que tinha que fazer algo que havia dito que faria
"Não pensei"-- dizia ele. "Não importa!" -- dizia ela - "Não mais..."
As palavras doces de há dois dias atrás ecoavam em seus ouvidos como uma piada antiga e de mau gosto
O abraço cênico. O sexo triste. Quase estranhos, quase os mesmos de tão conhecidos.
Ela quisera acreditar. Mas já acontecia. O óbvio real ululante de tempos atrás.
Ela queria muito que fosse verdade. Mas a raiva já não a deixava só.
O medo de estar só não passava mais através de seu corpo.
Ele fizera o que fizera, porque assim o quis. Dizia apenas que não haver pensado.
Penso, logo existo, será que aquele que amara existiria?  
Ele não fizera o que deveria, também por vontade própria. E dizia a si mesmo que fora levado pelas circunstâncias. Até que ponto entrar ou não na esteira das circunstâncias é uma escolha?
Dizia que se sentia só e que não podia viver sem ela. Ela se perguntava se ele pensava ou existia nas coisas que dizia.
Amor, Circunstâncias, Solidão...
Ela até quisera acreditar, mas, dizer que se é levada pelo amor, não é o mesmo que dizer que não se pensou no óbvio por conta das circunstâncias?
Ela sorri tristemente e deixa o parque, ele ainda tenta dizer algo, não entende ainda que essa era sua vontade. Ela seguia, mastigando aos pouquinhos sua raiva-doce.

O parque fica silencioso aos poucos, a tarde cai violeta no asfalto cinza da calçada em volta.
Os gramados recebem sedentos os últimos raios  ...
A fonte onde os passarinhos tomam seu banho vespertino já está deserta.
Cupido decide, então, que é hora de parar de molhar as plantas.

Wednesday, April 21, 2010

Nem vem que não tem, nem vem de garfo que hoje é dia de sopa





Tá, to cansada de ouvir certas coisas então, que fique claro:
Que minha mãe Iemanjá me perdoe mas...

Nada de alegria de Gabriela
"Eu nasci assim,  vou ser sempre assim," o caralho!
Gabriela que me perdoe, mas eu to de Bowie!
Camaleoa rapto-te quando quero
A quem seja.
Moda, Mídia, e o etc, e o tal, até os que dizem que não!
A eles eu só digo Sou!!
Assustar? Não.
Gente feia e triste assusta.
Não sou triste, não todo o tempo, não me escondo sob o que me consome.
Antes me consumo no que me entristece e nasço diferente depois.

É preciso acostumar-se
E cultivar melhor as uvas

Assimilada e fermentada
Doce e sutil. Levemente ácida e frutal.

Viva, Evoé meus Cabernets, Merlots e Malbecs, e celebrarei cada dia ...
Solidão é transitória
Só que em Sampa o trânsito demora mais do que em outros planetas...

Wednesday, April 07, 2010

Deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida...




Voz de Amy Whinehouse e espírito de Billie Holliday.
Querendo ir pra rua, pra chuva ou pra fazenda, qualquer lugar.
A dor nem é tanta,
a da garganta,
mais a dos olhos, é maior.
A saudade nem é tão forte, 
se pensarmos que daqui a pouco tem reunião e a apresentação é pra daqui a dois dias.
A chuva no Rio, O rio na chuva, eu chovendo rios por aqui.
Que diferença isso faz pra quem perdeu casa, e pra quem perdeu tudo?
Que diferença faz casa pra quem perdeu o tudo que tinha dentro.
Não quero casa, quero rua.
Quero a rua da amargura, que ela combina mais comigo hoje que meu pretinho básico.
Quero uma mágoa a lá Rita Hayworth, lápis borrado e alcool.
Amores de olhar rápido e mente longe. 
Nada que permaneça, pois não há lugar pra isso.  
Tudo alagado de amor amargo e água salgada.
Pegue seu coração e busque um lugar seguro, aqui não é um bom local de pouso.
De amarga basta a vida, 
a morte, o amor 
e o chá de gengibre.
Afinal, preciso da minha voz de volta, a apresentação é em dois dias.