My skin is black
My arms are long
My hair is woolly
My back is strong
Strong enough to take the pain
Inflicted again and again
What do they call me
My name is aunt sarah
My name is aunt sarah
My skin is yellow
My hair is long
Between two worlds
I do belong
My father was rich and white
He forced my mother late one night
What do they call me
My name is saffronia
My name is saffronia
My skin is tan
My hair is fine
My hips invite you
My mouth like wine
Whose little girl am i?
Anyone who has money to buy
What do they call me
My name is sweet thing
My name is sweet thing
My skin is brown
My manner is tough
I'll kill the first mother i see
My life has been too rough
I'm awfully bitter these days
Because my parents were slaves
What do they call me
My name is peaches
Andamos pela praia de Ipanema
As que trabalham a 30% de déficit salarial
Caminham balançando as ladeiras
Chefes de 40% dos lares
As que não devem andar sozinhas à noite
Ou sair sem o dinheiro do táxi
.
Têm sempre alguém de sobreaviso
No caso de um encontro
Príncipes muitas vezes viram ogros
Antes mesmo do primeiro beijo
Os 80% de violência doméstica
Estão entre as Musas e as ninfas
Louras diáfanas, Morenas sensuais
Ruivas românticas
povoam os sonhos e vidas
de poetas a poeteiros de plantão
São os amores sem fim das músicas
A mulata sestrosa do sambista saudoso
A mãe dos filhos sem pai das favelas da vida
Essas são as musas do meu canto de hoje
Mulheres musas nifas diáfanas de uma realidade que não só é
Bela
Frágil
Forte
Curva
Versátil
Porém,
muitas vezes,
Ambígua
ou
Ignorada.